quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

O que voce espera do seu filho no final do ano letivo?

Tenho certeza que a maioria dos pais e responsáveis irão dizer: que ele passe de ano, afinal, não faz mais do que a sua obrigação, só tem que estudar! Mas... vamos refletir um pouco sobre isso? 
Durante anos a sociedade vem alimentando que tratemos nossas crianças como se eles vivessem em uma competição, sempre tendo que dar o seu melhor, na escola, no judo, no ballet, na natação... Sempre esperamos ver os resultados e sempre esperamos que eles sejam positivos, claro...Sempre cobrando para que estejam além da média...  
Na época de entrega de boletins os pais ficam ansiosos para saber se seu filho(a) foi bem sucedido nas provas, alguns até prometem presentes caso sejam o melhor da turma. 
Esquecendo que por traz de uma nota baixa muita coisa pode estar escondida, como dificuldades de aprendizagens, transtornos de aprendizagens, má alimentação, uso excessivo de celulares e tablets, poucas horas de sono, e até mesmo uma depressão.
Mas o que temos que ter em mente, é que nossos filhos não são objetos para expormos em vitrines com medalhas ou boletins, eles são seres humanos, precisam primeiramente de nosso amor e atenção, mesmo que, não consigam sempre o lugar mais alto do pódio ou as melhores notas.
Não defina seu filho(a) por suas notas escolares, ele é muito mais do que isso. Basta relembrarmos de nossa época de escola, nem sempre os mais inteligentes da nossa sala são os que estão com melhor qualidade de vida hoje. 
Crianças muito cobradas crescem com alto nível de ansiedade, o que pode acarretar, alguns anos a frente insucesso profissional, irritabilidade, outras doenças... Lembrem-se disso, as crianças só terão sucesso em sua caminhada, seja ela pessoal, financeira ou profissional, caso tenham uma educação emocional positiva, é na infância que devemos educá-los emocionalmente para que cresçam adultos saudáveis, livres de doenças e transtornos psicológicos, o que atrapalharia muito sua evolução adulta. 
Conheça seu filho(a), explore suas habilidades, deixe-os mostrarem do que são capazes! Sem pressão, com prazer!
Precisamos ensiná-los e prepará-los para lidar com a vida, mostrar que nem sempre seremos os melhores, que nem sempre venceremos em uma partida, mas que isso não é o fim, que podemos ser bem sucedidos com esforço e dignidade. Ensina-los a pensar, a sentir e a agir de forma mais humana e empática. 
Que filhos estamos deixando para o mundo? Eles serão adultos com altas habilidades acadêmicas somente ou também terão a capacidade de administrar suas emoções e sentimentos, sabendo conviver em grupo e sendo gentil? 
Conheça seu filho(a), converse com ele sobre suas necessidades e preferencias, você pode estar usando uma frustração sua da infância e depositando nele o seu sonho! as vezes o seu sonho não será o dele. Permita que ele tenha seu próprio sonho e conquiste seus objetivos... Cuidado com as críticas e ameaças, elogie-o, mesmo que não alcance seus objetivos, elogie seu esforço! 
Sempre é o momento para mudanças, se voce, pai ou responsável, já teve uma atitude assim, está em tempo de mudar, mas não deixe para depois...Os filhos não tem manual de instrução, mas não desista, todos somos capazes de educar emocionalmente nossos filhos! 



quarta-feira, 26 de junho de 2019

A nova geração clama por socorro

Em virtude de alguns acontecimentos venho aqui hoje compartilhar alguns sentimentos com todos vocês. Sou Professora de formação, Neuropsicopedagoga e Diretora de uma unidade escolar, trabalho com educação há mais de 20 anos e nunca vi uma geração tão perdida quanto esta de hoje. Os filhos estão clamando por socorro, mas os pais não conseguem entender este pedido de ajuda.
Em meio a equipamentos de última geração, dispersivos da vida real, estamos vivendo uma época em que poucos se preocupam com o outro, e, infelizmente, o outro muitas vezes são seus filhos. Hoje li uma publicação do Marcos Piangers falando sobre isso: Não tenha filhos... Que a vida corrida dos adultos de hoje estão fazendo com que seus filhos sejam educados por babás, avós ou pela escola e não tem o que mais necessitam... a atenção dos pais. Então, se você não quer abrir mão de sua balada, não tenha filhos; se não quer deixar de viajar para cuidar do filho com gripe, não tenha filhos; se não quer perder sua noite de sono ou sua ida a academia, não tenha filhos. Isso mesmo... filhos dão trabalho sim, educar dá trabalho, mas é um trabalho que vale a pena, vale quando conseguimos educá-los e dar a eles a atenção que eles necessitam para crescer e se tornar indivíduos completos. Indivíduos que saibam entender o mundo e se colocar no lugar do outro. Muito se fala dos pais desta geração, mão não se percebe o quanto estas crianças gritam internamente por socorro e ninguém as ouve. Não as ouvem pois estão trabalhando, não as ouvem pois estão no celular, não as ouvem pois estão tão ocupados em seus afazeres que sequer sentam para escutar seus filhos. E o mundo... este em que vivemos... ele é cruel... pois para estar nele devemos nos moldar conforme a sociedade impõe. E quais os padrões aceitáveis para a sociedade? Para ser bem sucedido você deve, já na escola ter ótimas notas, ter todos os conteúdos bem guardadinhos na memória, entrar para uma boa faculdade, ter um bom emprego e ganhar bem, mesmo que não seja aquele trabalho com que sempre sonhou, afinal, sonhos são pra quem? Vejo jovens entrando em uma competição acirrada dentro das escolas, pois tem que tirar a melhor nota no ENEM, tem que conseguir pontuação para entrar nas melhores universidades (de preferência públicas), senão sua foto não será colocada no outdoor da cidade, você será esquecido e todo seu esforço do ensino médio não valerá a pena. E nessa competição extrema, esquecem-se que são jovens que ainda não tem toda sua maturidade cerebral para entender que eles podem continuar tentando, que não é feio não conseguir de primeira e que outros ENEMs virão. Mas infelizmente muitos jovens desistem... desistem de viver esta competição, simplesmente desistem e tiram suas vidas porque se sentem sozinhos, porque não tem com quem conversar, afinal, todos tem uma vida muito corrida não é mesmo? E pra onde vamos correndo assim? Aonde queremos chegar? A busca eterna pela felicidade e ela, a felicidade está logo AQUI e todos precisamos enxergar isso. 

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Desenvolvimento social

Desenvolvimento social

Com o aprendizado da linguagem, começa também o desenvolvimento social. A partir daí, a criança é capaz de trocar informações com outras crianças e adultos, possibilitando o aprendizado de normas sociais, cultura, tradições, entre outros.

Desenvolvimento cognitivo

Desenvolvimento cognitivo

A palavra “cognição” remete às habilidades que garantem a capacidade do cérebro de processar informações e obter conhecimentos sobre o mundo.
Sendo assim, ela engloba processos como pensamento, raciocínio, memória, linguagem, atenção, resolução de problemas, entre outros. E essas habilidades precisam ser desenvolvidas desde a infância, com jogos, brincadeiras, atividades e estímulos.
Com o tempo, a maturação cerebral possibilita que a memória de longo prazo se estabeleça e, aos poucos, a cognição vai se desenvolvendo por completo.
Tudo isso demora um tempo e é importante para que a criança aprenda a viver no mundo. Por meio da aprendizagem contínua, a criança se adapta à realidade ao seu redor, aprendendo a se virar sozinha e a resolver os problemas que encontra durante a vida. 

Desenvolvimento psicomotor

Desenvolvimento psicomotor

É imprescindível que as escolas de educação infantil trabalhem o desenvolvimento psicomotor da criança, fatores como a lateralidade, organização, noção espacial e esquema corporal devem ser trabalhados diariamente, pois todos esses conjuntos de habilidades são fundamentais para que a criança tenha êxito tanto no dia a dia quanto na vida acadêmica.

terça-feira, 14 de maio de 2019

Desenvolvimento infantil

Como se dá o desenvolvimento infantil

Quando recebemos um aluno em nossa escola, devemos entender exatamente como funciona o desenvolvimento infantil, para podermos ajudá-lo a desenvolver as habilidades e competências.

Logo após o nascimento, a criança passa por todo um processo de desenvolvimento, ou seja, melhora das funções e habilidades, até se tornar um adulto. Desenvolvimento se difere de crescimento, pois este último abrange o comprimento e altura da criança. Já o desenvolvimento está mais relacionado ao aprendizado: a criança aprende a andar, falar, carregar objetos etc.

O desenvolvimento infantil é um processo pelo qual todas as crianças passam, do nascimento até mais ou menos 6 anos de idade. Está relacionado ao desenvolvimento de habilidades específicas que garantem a autossuficiência da criança. Não somente o cérebro amadurece, mas também as relações sociais tem um papel importante nessa construção de habilidades.

Esse processo é caracterizado por marcos, nos quais certos comportamentos são esperados das crianças a partir de uma certa idade. São os pequenos aprendizados do dia a dia que fazem com que elas se tornem cada vez mais adultas.  

"A trajetória que uma criança percorre desde que começa a deixar de ser bebê (dependência total), até começar a se transformar em um ser mais independente e autônomo está relacionado tanto às condições biológicas, como aquelas proporcionadas pelo espaço familiar e social (escola), com o qual interage." Ou seja, tudo depende do ambiente em que está inserida e dos ESTÍMULOS dedicados à criança. Por isso é de extrema importância que se conheça o aluno, sua vida, seu dia a dia, manias e hábitos. Nunca julguem um comportamento, antes disso, procurem saber o porquê dele acontecer e faça a mudança gradativamente, ensinando a seu aluno a gerenciar suas emoções.

• É preciso saber que:

- O desenvolvimento de uma criança não acontece de forma linear.
- As mudanças que vão se produzindo e ocorrem de forma gradual, são períodos contínuos que vão se sucedendo e se superpondo.
- Durante a evolução a criança experimenta avanços e retrocessos, vivendo seu desenvolvimento de modo particular – cada aluno é único, nunca compare.
- Acompanhamos a construção de sua personalidade respeitando que em cada idade há um jeito próprio de se manifestar.
- Tanto antecipar etapas, como não estimular a criança, podem ser geradores de futuros conflitos.
- Cabe a família e a ESCOLA conhecerem e respeitarem os passos do desenvolvimento infantil.

Tipos de desenvolvimento:

O desenvolvimento das crianças não se limita apenas ao desenvolvimento das habilidades motoras, mas ocorre em várias esferas ao mesmo tempo. É necessário uma integração entre todos os tipos de desenvolvimento que a criança passa. 

Entenda:
* Desenvolvimento psicomotor:

Refere-se às habilidades físicas da criança, como a capacidade de engatinhar, manter-se em pé, andar, correr, pular e até mesmo fazer atividades mais precisas como desenhar e escrever, que muitas vezes necessitam que a área mental esteja bem desenvolvida também.


* Desenvolvimento cognitivo:

A palavra “cognição” remete às habilidades que garantem a capacidade do cérebro de processar informações e obter conhecimentos sobre o mundo. Sendo assim, ela engloba processos como pensamento, raciocínio, memória, linguagem, atenção, resolução de problemas, entre outros.

Sabemos que os bebês não nascem sabendo fazer tudo isso. De fato, muitos acreditam que os bebês já nascem capazes de pensar, mas de uma maneira muito diferente da nossa. Por isso, com o tempo, essas habilidades precisam ser desenvolvidas.

Quase nenhum de nós consegue se lembrar de algo antes dos nossos 3 anos de idade, porque até então o cérebro ainda não é muito capaz de armazenar memórias. Com o tempo, a maturação dele possibilita que a memória de longo prazo se estabeleça e, aos poucos, a cognição vai se desenvolvendo por completo.

Tudo isso demora um tempo e é importante para que a criança aprenda a viver no mundo. Por meio da aprendizagem contínua, a criança se adapta à realidade ao seu redor, aprendendo a se virar sozinha e a resolver os problemas que encontra durante a vida. O processo de aprendizagem não acaba nunca, aprendemos sempre.


* Desenvolvimento social

Com o aprendizado da linguagem, começa também o desenvolvimento social. A partir daí, a criança capaz de trocar informações com outras crianças e adultos, possibilitando o aprendizado de normas sociais, cultura, tradições, entre outros. 


* Desenvolvimento afetivo

Relacionado às emoções, o desenvolvimento afetivo está presente desde os primeiros anos de vida da criança. O amor e o carinho são importantes para que a criança cresça saudavelmente, desde a barriga as relações afetivas já se formam.

Os sentimentos da criança em relação aos pais e adultos mais próximos são imprescindíveis para o desenvolvimento da inteligência emocional, evitando que a criança cresça sem ter dificuldades afetivas. 


Fatores importantes para o bom desenvolvimento

A base para um bom desenvolvimento é o vínculo afetivo com a mãe, o pai, os familiares e demais participantes das fases do desenvolvimento. Quando há um ambiente acolhedor, a criança tem a oportunidade de crescer saudavelmente, desenvolvendo suas habilidades ao máximo.

Ambientes perturbados, como casas em que moram muitas pessoas, presença de muitas brigas, violência, abuso psicológico e físico, entre outros, são fatores de risco para que as crianças tenham dificuldade em desenvolver suas habilidades plenamente. Não raramente, esses pequenos passam a sofrer de transtornos mentais mais tarde na vida e podem ter dificuldades no social, na carreira, nos estudos, entre outros.

Fatores que podem influenciar no desenvolvimento são:

*Hereditariedade: Se os pais começaram a falar mais tarde do que maior parte dos bebês, é provável que o filho também demore um pouco para aprender a falar;

*Nutrição: A alimentação é importante não apenas para o desenvolvimento do corpo, como também para a cognição, visto que o cérebro é um órgão como todos os outros e precisa estar nutrido para funcionar adequadamente;

*Ambiente: Quando há falta de estimulação no ambiente em que a criança vive, pode haver um retardo no desenvolvimento intelectual. Já ambientes com estímulos o suficiente, facilmente aceleram esse processo;

*Problemas físicos: Se a criança sofre de alguma condição médica, o desenvolvimento pode ser dificultado. Crianças surdas, por exemplo, podem demorar para desenvolver a linguagem.

É importante estarmos atentos a cada etapa do desenvolvimento e indicarmos a direção da escola e aos pais os marcos que não estão sendo alcançados ou em defasagem para que procurem um especialista. 







segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Adaptação sem traumas

E chegamos ao início do ano letivo. E como será o início para seu filho(a)? Ele nunca foi à escola, será que sentirá sua falta? Será que vai fazer amigos? Muitas perguntas passarão por sua mente, e estas só poderão ser respondidas com o tempo. O importante é que pesquisem bem e peguem referências para escolher a Escola para seu filho(a), tenham em mente que será nela que ele(a) passará boa parte de seu dia, de seus anos... Nunca acharemos a escola perfeita, mas acharemos aquela que mais nos deixará tranquilos e confiantes em deixar nosso maior tesouro. E é justamente aí, neste acolhimento que todas as escolas e professores devem pensar. Como passar confiança aos pais?  Sempre existirá o período de adaptação, para pais e para os alunos. Adaptação à nova escola, aos novos amigos, à nova professora. Cada ano será um novo ano. E este acolhimento da adaptação não deverá ser direcionado somente aos alunos, muito pelo contrário, os pais devem sim, participar deste momento, pois somente depois que eles tiverem confiança no profissional e na escola, ele poderá respirar aliviado. Serão momentos importantes, marcos da infância. É importante o profissional escolar ter consciência e passar sempre aos pais segurança e carinho. Toda adaptação passa por etapas importantes e estas devem ser respeitadas, seguindo como a uma cartilha, para que tudo corra bem. Cada criança é única, não podemos prever o tempo exato de adaptação de cada um, mas podemos fazer com que este tempo se cumpra sem sofrimentos e traumas.
Alguns pontos importantes neste período de adaptação:

* O responsável deve saber que é ele quem deve estar seguro quanto à escolha da escola, pois se a criança perceber a insegurança será mais difícil e demorada a adaptação;

* O ideal é que o responsável ou alguém da família possa acompanhar a adaptação da criança (normalmente dos menores de 3 anos), permanecendo na escola caso a criança precise de um suporte afetivo;

* Por menor que seja a criança, não minta para ela, sempre dizer a verdade. Caso o responsável possa acompanhar a adaptação na escola, dizer que ele estará ali caso a criança sinta saudade, caso contrário dizer que terá que ir embora, mas que logo retornará para buscá-la;

* O profissional escolar deve saber acalentar e entender o choro de cada aluno;

* Brincadeiras, músicas, bolas de sabão, banhos de mangueira ou de piscina são ótimas pedidas para este momento inicial;

* É essencial que os alunos tenham uma área externa e um ambiente seguro para passarem pela adaptação;

* Levá-los para a sala, fechá-los dentro de 4 paredes não é recomendado, mesmo com joguinhos ou tv;

* As crianças precisam conhecer o ambiente e principalmente o profissional que irá acompanhá-la durante  o ano, que irá ajudá-lo a desenvolver e a crescer;

* O tempo de permanência do aluno na escola, durante este período, também pode ser reduzido, fazendo com que o aluno não sinta tanto tempo longe de casa;

* Mimos e lembrancinhas dados na escola são importantes nesta fase para que o aluno sinta o carinho e o amor dedicado a ele.


Após pais e filhos se sentirem acolhidos, o período de adaptação terá acontecido sem maiores problemas e todos poderão desfrutar de momentos importantes da criança, onde afetividade, desenvolvimento e diversão devem andar sempre juntos. É importante que família x escola estejam sempre em contato, mantendo sempre o bom relacionamento e o diálogo, em prol do bom desenvolvimento do aluno.