quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Correndo com a infância!

Temos presenciado em nosso dia a dia uma preocupação enorme em acelerar o aprendizado e desenvolvimento das crianças - por parte de adultos, em demonstrar o quanto seu filho(a) é esperto, inteligente! Este é um fato que ocorre em todo o mundo, porém, o que isso tem causado nas crianças? Na escola podemos perceber o quanto a cobrança está sendo grande nos pequeninos... Esta cobrança causa grande ansiedade em pais e mães, mas também vários prejuízos - a longo prazo - nas crianças.

Crianças devem ser crianças, curtir sua infância, afinal, é no brincar que as crianças desenvolvem nas áreas cognitiva, afetiva, social e motora. Através de uso de brinquedos e brincadeiras a criança desenvolve sua capacidade criativa e investigativa, aprende a buscar soluções, a aguardar sua vez, a respeitar regras, a trabalhar em grupo. No entanto, a sociedade com seus excessos tem tirado a infância da criança, tornando difícil a vida dos pequenos... Trazendo a cada dia mais, problemas comportamentais, e dificuldades escolares, causados em sua maioria pela falta do brincar. 

Algumas escolas tendem a satisfazer a expectativa dos pais, adultizando e intelectualizando estas crianças cedo demais, colocando conteúdos e atividades não pertinentes à idade. Esta atitude, tole a criatividade, tão importante para o desenvolvimento infantil. 

O cérebro infantil, tal qual uma esponja, tende a absorver informações diversas durante o dia. Pais e  cuidadores tem a cada dia mais dado estímulos às crianças, através de "babás eletrônicas" - tablets, celulares e tvs. Estes conteúdos, muito lúdicos e coloridos, chamam a atenção da criança, fazendo-os absorverem parte deles e o resultado disso são crianças de 2 anos recitando e reconhecendo todo o alfabeto, sabendo contar até 20/30 e quando chegam nas escolas, estas também aceleram o processo de alfabetização, sem entender que as fases precisam existir, porém, o uso excessivo de tecnologia causa dificuldade de concentração, má qualidade do sono, sedentarismo, problemas de saúde mental, atraso na aprendizagem, problemas de visão, entre tantos outros distúrbios... Essa superestimulação tem levado muitas crianças ao esgotamento. Sim, crianças também ficam esgotadas, sem ânimo e energia! 

Todo educador deve entender das fases do desenvolvimento infantil e transformar sua sala de aula em um laboratório da infância, onde as etapas do desenvolvimento são respeitadas e usadas em sua totalidade. Não devemos ensinar a criança a escrever ou decorar letras antes de entenderem de consciência fonológica, rima, ritmo e tantas outras necessárias à alfabetização infantil. Antes, o que a educação infantil escolar deve promover são atividades que desenvolvem equilíbrio, linguagem, musicalização, trabalho em grupo, coordenação motora, atividades de lógica, histórias, encenação, ritmo, atividades livres e artísticas, explorar a natureza, sequência, habilidades sociais, todos em atividades lúdicas para que o cérebro infantil aprenda com prazer e emoção. Eles aprendem brincando! 

Muitas vezes as crianças ficam sufocadas em tantos afazeres diários, além da escola: aulas extras de ballet, judô, natação, línguas... E podem acabar demonstrando em seu comportamento sua insatisfação. As crianças não vão falar que estão sobrecarregadas, elas poderão ter alguns comportamentos que irão denunciar isso, como: ficar irritadiças, agitadas, tristes, introvertidas... Deixemos as crianças terem voz, vamos ouvi-los em seu silêncio...

A infância é curta e este período é crucial para o desenvolvimento de habilidades que eles levarão por toda a vida! A aprendizagem significativa é aquela que extrai o melhor da criança, onde a criança aprende pelo próprio desejo de aprender, valorizando cada etapa do desenvolvimento, não queimando, nem pulando etapas. Por isso afirmo que a educação infantil é a fase mais importante da vida do ser humano, pois é nela que desenvolvemos habilidades e competências tão necessárias a vida adulta! Nela também devemos desenvolver habilidades emocionais, entender e aprender a gerenciar nossos sentimentos e emoções para que, quando adultos, tenhamos sucesso em nossa opção profissional. 

Vamos deixar as crianças serem crianças! Cada coisa tem seu tempo, não queiram reduzir um tempo, que já é tão curto! Deixem que eles usem toda sua infância para que sejam estimulados da maneira correta e a alfabetização irá fluir maravilhosamente bem, no tempo certo! Não rotulem, nem comparem as crianças! E entendam, eles necessitam da infância! 



quinta-feira, 22 de abril de 2021

Entendendo a tristeza

A tristeza é uma emoção negativa, mas que serve como sinal de alerta em nossa saúde mental. Quando estamos tristes é sinal de que temos que solucionar algo em nossa vida que não vai bem. Ninguém gosta de ficar triste, quando isto acontece logo buscamos encontrar uma solução para dar fim a este sentimento. Muitas pessoas não dão a atenção necessária e alguns não buscam solução para aquilo que os aflige e outras tristezas aparecem por conta de outras situações problema e quando nos damos conta a tristeza não mais se dissipa, o que leva à depressão.

Quando ficamos tristes devemos buscar uma solução para o que nos aflige e não deixar passar. Sempre haverá uma maneira de resolver um problema. Basta darmos atenção à nossa razão e pensarmos em como solucioná-lo.

É importante entendermos nossas emoções, pois cada uma delas tem muita importância para nossa vida e cada uma delas tem uma função. E a tristeza não é diferente, sempre tem um porquê de sentí-la. Vamos entender e perceber os benefícios da tristeza em nossa vida?

Antes de mais nada, precisamos entender que estar ou ficar triste é normal, o que é ruim é o excesso da tristeza. A tristeza não deve estar presente todos os dias nem interferir em sua vida cotidiana, você deve combatê-la. 

Sentir-se triste faz com que passemos a refletir sobre o porquê da tristeza, e essa reflexão interna é muito importante! Sempre poderemos tirar algo de bom na tristeza e nos fazer crescer com isso. A tristeza é um sentimento natural do ser humano e tem sua importância. 

Ela aproxima as pessoas e nos faz ter empatia, tentando ajudar a pessoa entristecida! A tristeza normalmente é 'curada' com um bom abraço, uma longa conversa ou boas risadas...

E você, já se sentiu triste e conseguiu resolver algum conflito interno?



segunda-feira, 12 de abril de 2021

Medo

Normalmente quando sentimos medo, nosso corpo pode nos fornecer vários 'sintomas', como: coração batendo acelerado, arrepio, calafrios... 

O medo é uma emoção extremamente necessária como forma de proteção, pois quando sentimos medo, nos reservamos e tomamos mais cuidado em certas situações. Porém, devemos tomar cuidado com o medo, para que ele não nos limite. É normal sentir medo quando estamos a descobrir algo novo, mas ele não pode nos impedir de buscar novos objetivos, senão não será possível alcançá-los. O medo não pode nos paralisar, por isso temos que saber controlá-lo, para que ele não  nos acompanhe todo o tempo. Sabendo administrar, o medo, é uma emoção controlável e de possível convivência. 

Nesta época de pandemia a emoção que mais nos acompanha é o medo: medo de ficarmos doentes, de nossos familiares ficarem doentes, medo de aglomeração... Temos que tomar cuidado para que o medo não se torne pânico, pois muitas vezes somente nos atentamos a noticias ruins, vemos e ouvimos todo o tempo sobre a doença, ficamos reclusos. Todas essas notícias nos fazem esquecer de ver pequenas coisas, de apreciar o sol nascendo, os pássaros pela manhã, não somos gratos por estarmos com saúde, por estarmos bem em meio a tanto caos. Ouça uma música, jogue com seus filhos, leia um livro, busque distrações para que o tempo passe e logo logo todos estaremos bem! Tudo isso vai passar,não deixe o medo lhe paralisar!!



domingo, 11 de abril de 2021

Como lidar com a raiva?

Vamos falar de emoções?

Hoje em dia sabemos que não ganha o mundo o mais inteligente e sim aquele que souber gerenciar melhor suas emoções, aquele que tiver Inteligência Emocional!!

E para termos inteligência Emocional temos que saber primeiramente gerenciar nossas emoções, todos temos emoções, elas podem estar mais ou menos afloradas em alguns momentos e o principal é saber administrá-las, sem reprimí-las.

A raiva!! @$%*!!!! 

Todos já passamos por situações em que sentimos raiva de alguma situação ou de alguém. Nosso primeiro ímpeto é gritar, bater, quebrar... Mas... será que resolveríamos?? O que poderíamos estar gerando no caso de bater em alguém? Qual seria a consequência em quebrar um objeto?

Provavelmente poderíamos ser acusados de lesão corporal - o que não resolveria nossa raiva - podendo até aumentar ela e quebrando um objeto teríamos que repô-lo - tendo um gasto desnecessário - o que provavelmente também daria bastante raiva dependendo do quão caro é o objeto. 

Temos que aprender a controlar nossos momentos de raiva, sem explodir nem soltar fogo pela cabeça, como o personagem raiva do filme Divertidamente.

Mas como é possível controlar momentos de raiva? Não é certo sentir raiva?

Todos nossos sentimentos e emoções são válidos e somos seres humanos, vamos sentí-los!! Vejamos algumas dicas de como controlar nosso momento de raiva:

* Saia do local onde deu início a raiva;

* Feche os olhos e conte até 10;

* Vá para um lugar fechado, só você e grite o mais alto que puder;

* Pegue um papel, despeje nele sua raiva... rabisque, rasgue, amasse;

* Respire... Puxe o ar bem fundo e solte devagar... Use a técnica da respiração do peixinho abaixo↓↓↓↓


Este foi o primeiro post das emoções... Em breve falaremos de outras emoções e do quanto são importantes!!



sexta-feira, 3 de abril de 2020

Dicas para pais e filhos em tempo de quarentena

     Tenho visto nas redes sociais muitas dúvidas sobre como será em período de quarentena a continuidade dos estudos dos filhos, bem, o MEC instituiu aulas on-line, a famosa EAD para os alunos do ensino básico. Mas então? Como fazer? Como as escolas estão se mobilizando para preparar estas aulas? Como os alunos receberão esta novidade? Como os pais organizarão isso em meio a todo este momento?
     Nenhum de nós estava preparado para ficar em quarentena, nem a escola, nem os pais, muito menos as crianças! Estamos enfrentando um momento atípico, onde só ouvimos falar que aconteceu quando estudamos em História sobre alguma peste, Gripe espanhola, entre outras mais... E agora? Está acontecendo, somos protagonistas desta história! Temos que nos adaptar a toda esta realidade, e junto a ela, pais em home office, dividindo seu tempo e atenção com seus filhos que também estão em casa, estudando EAD. Não, não estávamos preparados para esta realidade, não sabemos como dividir nosso tempo! Como colocar as crianças para assistirem vídeos com conteúdos e fazer atividades, como fazê-los entender que durante um período, não será mais na escola que eles aprenderão, e sim, em casa, ali, com os pais... Precisa de maturidade para este entendimento, nós, adultos, estamos conseguindo conciliar toda essa novidade? Tenho certeza que a resposta da grande maioria será NÃO, e como então, cobrar isso de nossos filhos? 
     Primeira dica: Organize seu tempo junto com o de seu filho(a), dose o tempo de trabalho com o tempo de acompanhá-lo nos estudos e o tempo de lazer com eles, sabemos que temos muita coisa para adiantar, muito a se fazer, mas temos que dosar nosso tempo. Caso isso não aconteça, ficaremos em quarentena completamente estressados e desse jeito, nada flui.
     Segunda dica: Desligue-se dos noticiários e fake news em redes sociais, você já sabe o que precisa fazer e já está fazendo: fique em casa. E aproveite este tempo para voltar-se para ela, sua casa, sua família, sua vida! Um mundo só de vocês, onde você e sua família são os protagonistas, e são eles que você ama e deve investir todo o seu tempo. A gente passa a vida toda correndo lá fora, chegou a hora de aproveitarmos aqui dentro... Aqui dentro, onde estão os tesouros mais preciosos, que estão cheinhos de vontade de serem descobertos... Dance no meio da sala, cante bem alto e desafine, o que é que tem? , jogue vídeo game, quebra-cabeça, leia um livro para seu filho(a), pinte um quadro, faça um bolo... 
     Tudo o que temos a fazer é cuidar de nossa saúde emocional e de nossa família, cuidando dela, tudo a nossa volta ficará mais leve e assim, você terá seu tempo para o home office e seu filho para o homeschooling. 
     Terceira dica: Não cobre demais de seu filho(a). Deixe-o a vontade para estudar, estipule um horário em que ele não esteja distraído com jogos ou desenhos, pense com ele um momento melhor para estudar, ele deve estar motivado para ouvir as vídeo aulas e não ser obrigado a isso... Eles não entendem que estão em casa, mas não estão de férias, tudo isso precisa ser conversado para que a criança entenda. Fique junto com ele assistindo e incentive-o a fazer as atividades, busque no youtube atividades práticas também, sabemos que não são educadores e muitos não tem a didática de dar aulas, não se cobre disso, ajude-o como se fosse um dever de casa, acompanhe-o dessa maneira. A responsabilidade de passar os conteúdos não são dos pais, depois disso tudo passar, (e vai passar!), nós, escola e educadores, reavaliaremos os projetos e tudo será compensado... Nenhuma criança será prejudicada! 
    Cuide-se em tempo integral, a sua saúde emocional e de sua família deve ser preservada para sairmos dessa quarentena como pessoas melhores. A vida está nos proporcionando essa reavaliação. Pensem nisso! Use o mal para o bem! Reavalie-se! Reinvente-se! Recrie-se!
     Fiquem em casa e cuidem-se!
     


quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

O que voce espera do seu filho no final do ano letivo?

Tenho certeza que a maioria dos pais e responsáveis irão dizer: que ele passe de ano, afinal, não faz mais do que a sua obrigação, só tem que estudar! Mas... vamos refletir um pouco sobre isso? 
Durante anos a sociedade vem alimentando que tratemos nossas crianças como se eles vivessem em uma competição, sempre tendo que dar o seu melhor, na escola, no judo, no ballet, na natação... Sempre esperamos ver os resultados e sempre esperamos que eles sejam positivos, claro...Sempre cobrando para que estejam além da média...  
Na época de entrega de boletins os pais ficam ansiosos para saber se seu filho(a) foi bem sucedido nas provas, alguns até prometem presentes caso sejam o melhor da turma. 
Esquecendo que por traz de uma nota baixa muita coisa pode estar escondida, como dificuldades de aprendizagens, transtornos de aprendizagens, má alimentação, uso excessivo de celulares e tablets, poucas horas de sono, e até mesmo uma depressão.
Mas o que temos que ter em mente, é que nossos filhos não são objetos para expormos em vitrines com medalhas ou boletins, eles são seres humanos, precisam primeiramente de nosso amor e atenção, mesmo que, não consigam sempre o lugar mais alto do pódio ou as melhores notas.
Não defina seu filho(a) por suas notas escolares, ele é muito mais do que isso. Basta relembrarmos de nossa época de escola, nem sempre os mais inteligentes da nossa sala são os que estão com melhor qualidade de vida hoje. 
Crianças muito cobradas crescem com alto nível de ansiedade, o que pode acarretar, alguns anos a frente insucesso profissional, irritabilidade, outras doenças... Lembrem-se disso, as crianças só terão sucesso em sua caminhada, seja ela pessoal, financeira ou profissional, caso tenham uma educação emocional positiva, é na infância que devemos educá-los emocionalmente para que cresçam adultos saudáveis, livres de doenças e transtornos psicológicos, o que atrapalharia muito sua evolução adulta. 
Conheça seu filho(a), explore suas habilidades, deixe-os mostrarem do que são capazes! Sem pressão, com prazer!
Precisamos ensiná-los e prepará-los para lidar com a vida, mostrar que nem sempre seremos os melhores, que nem sempre venceremos em uma partida, mas que isso não é o fim, que podemos ser bem sucedidos com esforço e dignidade. Ensina-los a pensar, a sentir e a agir de forma mais humana e empática. 
Que filhos estamos deixando para o mundo? Eles serão adultos com altas habilidades acadêmicas somente ou também terão a capacidade de administrar suas emoções e sentimentos, sabendo conviver em grupo e sendo gentil? 
Conheça seu filho(a), converse com ele sobre suas necessidades e preferencias, você pode estar usando uma frustração sua da infância e depositando nele o seu sonho! as vezes o seu sonho não será o dele. Permita que ele tenha seu próprio sonho e conquiste seus objetivos... Cuidado com as críticas e ameaças, elogie-o, mesmo que não alcance seus objetivos, elogie seu esforço! 
Sempre é o momento para mudanças, se voce, pai ou responsável, já teve uma atitude assim, está em tempo de mudar, mas não deixe para depois...Os filhos não tem manual de instrução, mas não desista, todos somos capazes de educar emocionalmente nossos filhos! 



quarta-feira, 26 de junho de 2019

A nova geração clama por socorro

Em virtude de alguns acontecimentos venho aqui hoje compartilhar alguns sentimentos com todos vocês. Sou Professora de formação, Neuropsicopedagoga e Diretora de uma unidade escolar, trabalho com educação há mais de 20 anos e nunca vi uma geração tão perdida quanto esta de hoje. Os filhos estão clamando por socorro, mas os pais não conseguem entender este pedido de ajuda.
Em meio a equipamentos de última geração, dispersivos da vida real, estamos vivendo uma época em que poucos se preocupam com o outro, e, infelizmente, o outro muitas vezes são seus filhos. Hoje li uma publicação do Marcos Piangers falando sobre isso: Não tenha filhos... Que a vida corrida dos adultos de hoje estão fazendo com que seus filhos sejam educados por babás, avós ou pela escola e não tem o que mais necessitam... a atenção dos pais. Então, se você não quer abrir mão de sua balada, não tenha filhos; se não quer deixar de viajar para cuidar do filho com gripe, não tenha filhos; se não quer perder sua noite de sono ou sua ida a academia, não tenha filhos. Isso mesmo... filhos dão trabalho sim, educar dá trabalho, mas é um trabalho que vale a pena, vale quando conseguimos educá-los e dar a eles a atenção que eles necessitam para crescer e se tornar indivíduos completos. Indivíduos que saibam entender o mundo e se colocar no lugar do outro. Muito se fala dos pais desta geração, mão não se percebe o quanto estas crianças gritam internamente por socorro e ninguém as ouve. Não as ouvem pois estão trabalhando, não as ouvem pois estão no celular, não as ouvem pois estão tão ocupados em seus afazeres que sequer sentam para escutar seus filhos. E o mundo... este em que vivemos... ele é cruel... pois para estar nele devemos nos moldar conforme a sociedade impõe. E quais os padrões aceitáveis para a sociedade? Para ser bem sucedido você deve, já na escola ter ótimas notas, ter todos os conteúdos bem guardadinhos na memória, entrar para uma boa faculdade, ter um bom emprego e ganhar bem, mesmo que não seja aquele trabalho com que sempre sonhou, afinal, sonhos são pra quem? Vejo jovens entrando em uma competição acirrada dentro das escolas, pois tem que tirar a melhor nota no ENEM, tem que conseguir pontuação para entrar nas melhores universidades (de preferência públicas), senão sua foto não será colocada no outdoor da cidade, você será esquecido e todo seu esforço do ensino médio não valerá a pena. E nessa competição extrema, esquecem-se que são jovens que ainda não tem toda sua maturidade cerebral para entender que eles podem continuar tentando, que não é feio não conseguir de primeira e que outros ENEMs virão. Mas infelizmente muitos jovens desistem... desistem de viver esta competição, simplesmente desistem e tiram suas vidas porque se sentem sozinhos, porque não tem com quem conversar, afinal, todos tem uma vida muito corrida não é mesmo? E pra onde vamos correndo assim? Aonde queremos chegar? A busca eterna pela felicidade e ela, a felicidade está logo AQUI e todos precisamos enxergar isso.